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Mostrando postagens de novembro, 2012

Gonzaga de pai para filho

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Vendo esse filme pensei o seguinte: É muito fácil fazer um filme sobre duas pessoas que já morreram e não podem se defender. Será mesmo que se os dois, pai e filho, depois de terem se reconciliado, gostariam de ver essa história tão íntima e delicada, exposta nas telas de cinema de todo Brasil? O filme é baseado em uma conversa gravada, mais especificamente em uma entrevista de Gonzaguinha com Gonzagão, no auge da fama de Gonzaguinha e decadência financeira de Gonzagão. As partes mais lindas e emocionantes do filme são as que contam a trajetória artística de Luiz Gonzaga, o responsável por trazer a música nordestina as grandes cidades. O Gonzaguinha, no caso, só entra na história como o filho rancoroso e magoado com o pai, o que me faz questionar: Será que o Gonzaguinha tem uma importância artística digna de estrelar um filme? Certamente não na mesma proporção que o pai, cuja trajetória é revolucionária. Essa escolha me fez refletir sobre o objetivo desse filme. Não seria mais út

Apokalypsis

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(Texto de Zé Brasil): Muita gente acha que o Apocalipse de São João, na Bíblia, é uma profecia sobre o Fim do Mundo. Eu sempre achei que não era só isso e sim uma Revelação, como significa a palavra grega Apokalypsis. Hoje na Missa de Sétimo Dia da mãe de um amigo a Segunda Leitura era a "Visão do mundo novo, da nova Jerusalém" onde São João escreve: "E vi um novo céu e uma nova terra. Porque o primeiro céu e a primeira terra desapareceram e o mar já não mais existe. E eu, João, vi a cidade santa, a nova Jerusalém, que descia do céu de junto de Deus, adornada como uma esposa ataviada para o seu esposo. E ouvi uma grande voz, vinda do trono, que dizia: Eis o tabernáculo de Deus com os homens, e habitará com eles. E eles serão o seu povo, e o mesmo Deus com eles será o seu Deus; e Deus com eles enxugará todas as lágrimas dos seus olhos; e não haverá mais morte, nem luto, nem clamor, nem mais dor, porque as primeiras coisas passaram. E o que estava sentado no trono d

Onde está o opressor?

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Esses dias eu tive um sonho estranho, sonhei que fui sequestrada e fui parar em um lugar desconhecido. Nesse lugar, estavam outros jovens que também haviam sido sequestrados assim como eu, e tinha um homem que vigiava todos os nossos movimentos. Em um certo momento, eu comentava com um desses jovens sobre algo que eu estava lendo, e foi quando este homem que nos vigiava começou a questionar sobre o que se tratava a leitura. Ele folheou desconfiado, e logo percebeu que não tinha nada demais ali. Logo que acordei desse sonho, fiquei imaginando como um jovem deveria se sentir em relação a opressão da ditadura que se passou há alguns anos aqui no Brasil. Esse sonho me fez relacionar aquele tempo com o atual, e refletir sobre algumas questões. Quem é o nosso inimigo hoje? Aonde está o nosso opressor? Acho que diferentemente daquele tempo, hoje o opressor dos jovens brasileiros está dentro da nossa própria casa. Na maioria das vezes são chamados de familiares, e estão disfar