Gonzaga de pai para filho
Vendo esse filme pensei o seguinte: É muito fácil fazer um filme sobre duas pessoas que já morreram e não podem se defender. Será mesmo que se os dois, pai e filho, depois de terem se reconciliado, gostariam de ver essa história tão íntima e delicada, exposta nas telas de cinema de todo Brasil? O filme é baseado em uma conversa gravada, mais especificamente em uma entrevista de Gonzaguinha com Gonzagão, no auge da fama de Gonzaguinha e decadência financeira de Gonzagão. As partes mais lindas e emocionantes do filme são as que contam a trajetória artística de Luiz Gonzaga, o responsável por trazer a música nordestina as grandes cidades. O Gonzaguinha, no caso, só entra na história como o filho rancoroso e magoado com o pai, o que me faz questionar: Será que o Gonzaguinha tem uma importância artística digna de estrelar um filme? Certamente não na mesma proporção que o pai, cuja trajetória é revolucionária. Essa escolha me fez refletir sobre o objetivo desse filme. Não seria mais út