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Mostrando postagens de 2016

Luiz Carlos Maciel, o filósofo que entendeu a profundidade da contracultura

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Por Luiz Domingues A contracultura incomodou bastante, talvez mais ainda do que se fosse uma força opositora declarada ao sistema. Sim, porque quando se tem um inimigo declarado, fica mais fácil entender as motivações que o levam a discordar e certamente previsíveis as suas tentativas de promover ações em contrário. O objetivo de derrubar um sistema para impor outro é o modus operandi de qualquer  tipo de ideia que se desenha revolucionária, ao ponto de candidatar-se a usufruir o poder, destituindo quem o comanda. Tecnicamente falando, a contracultura é uma forma de pensar criticamente sobre os valores da cultura oficial aceita pelo sistema com a qual a sociedade (e entenda-se isso muito mais baseado na sociedade tradicional ocidental, visto que em termos orientais isso não faz muito sentido) se ordena. Numa amálgama grande de correntes de pensamentos e manifestações culturais as mais diversas, a contracultura, tratada assim como um “todo”, foi um dos pilares do movi

"Todo político é corrupto". Será?

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Andando pelas ruas nessa véspera de eleições tenho me deparado com esse discurso repetidamente: "São todos iguais, nenhum deles presta". Mas será mesmo? Será que as pessoas estão repetindo esse clichê porque estão acomodadas com a situação e fica mais fácil generalizar do que pesquisar melhor os candidatos e ver se é isso mesmo? Será que não é mais fácil anular o voto ou votar no candidato que algum conhecido indicou ou mesmo algum candidato que ele convive, do que analisar as propostas de governo de cada um cuidadosamente, para escolher melhor o candidato?                                O brasileiro precisa aprender a votar, penso eu. E por que penso isso? Se a gente se preocupa em escolher bem nossa profissão, a casa onde moramos, a escola para nossos filhos, por que não se preocupar em escolher bem aqueles que irão governar nosso país, nossa cidade? Não adianta pensarmos em fazer as melhores escolhas para nossa vida pessoal, se não nos preocupamos com aqueles que i

Calçada da fama - Limonada Hippie agradece!

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      O Limonada Hippie em seus 6 anos de existência tem contado com a presença de figuras ilustres, super importantes para a história da cultura brasileira. Agradecemos a colaboração de todos, que contribuíram para que o blog se tornasse tão interessante e único!!  Arte: Antônio Celso Barbieri      Abaixo uma breve biografia de cada uma dessas figuras e sua importância na história da cultura brasileira. *Luiz Domingues: Músico desde 1976 tocou baixo em importantes bandas da história do rock brasileiro, como: Língua De Trapo, A Chave do sol, Patrulha do Espaço. Atualmente toca nas bandas Kim Kehl e Os Kurandeiros, Ciro Pessoa e Nu Descendo a Escada e Magnólia Blues. Escreve para diversos Blogs sobre assuntos variados e tem seu Blog próprio onde reúne todo o material que produz além de divulgar suas apresentações musicais. É colunista também da revista Bass Player. Acesse:  http://luiz-domingues.blogspot.com.br  e conheça mais sobre a trajetória brilhante

Reveillon de 1976 foi de Rock na Rede Globo

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Por Luiz Domingues. Após o sucesso do Sábado Som, e mesmo sendo uma emissora arredia para com o Rock, normalmente pela sua orientação conservadora por natureza, a Rede Globo dava sinais que mesmo contragosto, não podia ignorá-lo, mesmo porque era uma época onde a MPB mais atuante, era quase que orientada pela mesma matriz. Não se pode deixar de mencionar que desde que entrou no ar em agosto de 1973, o dominical, “Fantástico” tinha como quadros fixos, até pelos menos 1978, a exibição de clips produzidos exclusivamente para ele próprio, um internacional, geralmente promos ou trechos de shows ao vivo, e no caso dos artistas nacionais, inúmeras bandas de Rock brasileiras se valeram dessa abertura, tais como O Terço; Mutantes; Made in Brazil; Secos &  Molhados; Casa das Máquinas; Raul Seixas; Erasmo Carlos etc etc.  Outro fator, muitas trilhas de seus programas jornalísticos usavam trechos de obras de bandas de Rock, notadamente artistas de orientação no Rock Progressi

O jornalismo da Rede Globo já foi embalado pelo Rock setentista.

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Por Luiz Domingues. Houve época no jornalismo da TV Globo, em que trechos de obras do Rock setentista, principalmente, foram usados como vinhetas de seus programas. Tempo bom em que se preocupava em colocar música de qualidade para ilustrar as vinhetas de abertura ou encerramento, e diferentemente dos dias atuais onde se prefere usar muzak eletrônico descartável, na maioria dos casos. Um exemplo disso é que desde sua primeira edição em setembro de 1969, o Jornal Nacional da TV Globo, utilizou a música “The Fuzz”, de um compositor norte americano chamado Frank De Vol como sua vinheta oficial.  De Vol não era um rocker propriamente dito, mas sua trilha orquestrada tinha um certo sabor Rock em sua composição e arranjo, seguindo a onda das trilhas de seriados policiais americanos do fim daquela década, usando temas orquestrados na tradição dos standarts jazzísticos, mas usando fartamente elementos do Rock, como novidade estilística. Daí o uso de guitarra com mui