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Mostrando postagens de 2013

Para cada 1 minuto em cena, 10 anos de treinamento...

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A nós ocidentais, fascinam a arte oriental e a destreza e perfeição com que a  executam. Mas você já  procurou saber o segredo de tanta perfeição e beleza? Assistindo a um documentário sobre a Ópera de Pequim, me chamou a atenção uma frase repetida pelos professores que formam alunos para representar na ópera: "Para cada minuto em cena, são 10 anos de treinamento". É necessário muita disciplina, paciência e dedicação para se manter uma tradição, que sem dúvida, são características marcantes da população oriental. Além da beleza dos figurinos, acrobacias e artes marciais, na Ópera de Pequim cada maquiagem, roupa, desenhos e máscaras tem um significado que serve como guia para cada parte do espetáculo. Através desses símbolos, passamos a compreender melhor as características dos personagens e a trama na qual estão inseridos. (Mais detalhes em:  http://www.pekingopera.eu/pekingopera-pt.html ). Voltando a nossa reflexão sobre a frase citada no documentári

Purabossanova!

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Não só de rock n' roll é feito um rockeiro Titânico.                                     Sérgio Britto passa por aqui no nosso blog pra contar sobre esse seu outro lado, de  P urabossanova.  LH:   Podemos perceber que o seu quarto disco conta com várias parcerias de artistas de estilos bem   diferentes. Alguns mais experientes,  outros menos, mas  igualmente talentosos. Pode contar um pouco sobre  algumas delas? Sempre escolho as participações especiais nos meus discos, basicamente, em função de dois aspectos. O arranjo vocal das canções e o timbre de vozes que pretendo usar. Óbvio que procuro sempre chamar pessoas que gosto e admiro. Desta vez acredito que as escolhas  foram especialmente acertadas. Todos os intérpretes  renderam até mais do que eu imaginava ( e não era pouca coisa… ). Sinceramente,  todos me surpreenderam. LH:   Conte um pouco como foi cantar com uma cantora genuína da época da bossa nova, Alaíde Costa, na faixa Completamente Triste.

Máquina do tempo: Monterey Pop Festival '1967

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          Por Luiz Domingues                 O Flower Power já comia solto na costa californiana, desde 1966.  Mas a partir dos eventos do Human Be-In, Acid Tests e inúmeros shows de Rock pipocando por diversas cidades (catapultando muitos artistas), o ano de 1967, ficou realmente marcado como o seu auge criativo. Foi quando um evento em especial, tratou de significar tal ano, como o sedimentador dessa cena. No auge do "verão do amor", o Festival de Monterey, tornou-se o símbolo dessa Era psicodélica. Ocorrido entre os dias 16 e 18 de agosto de 1967, no Monterey County Fairgrounds, um espaço para eventos naquela pacata cidadezinha litorânea, entrou para a história pela quantidade de artistas importantes que ali se apresentaram, mas muito mais pelo aspecto subliminar que representou. O nome oficial do evento, era pomposo (Monterey International Pop Music Festival), e de fato, a ideia inicial dos seus organizadores, era agrupar artistas de várias nacionalidades, al

Acreditar é preciso!

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Assistindo à um programa chamado "Guitar Center Session", que contava com a presença do guitarrista Joe Bonamassa, pude ver com muito mais clareza um artista de primeiro mundo, falando sobre coisas que assombram o nosso rico financeiramente, mas pobre culturalmente, terceiro mundo.                                      Aqui no Brasil, artistas se penduram nas tetas de gravadoras, que não somente podam o caráter, mas também podam sua arte, e eles por não quererem perder as regalias, os "bajulamentos" patrocinados pelas grandes empresas/empresários financiadores que sustentam as gravadoras, se prostram em ser limitado, em um segmento que justamente preza pela liberdade de poder se expressar da maneira que se quer.  Mas, voltando ao Bonamassa... Quando o Bonamassa foi perguntado como ele estava se mantendo, perante a crise econômica na indústria fonográfica, ele foi simples e direto, e disse que se sustenta de turnês, que passa 10 meses do ano viajando pra lá e

Geração MTV

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No dia 10 de Outubro de 1990, surgia a MTV na sua versão brasileira, a MTV Brasil. Era a terceira versão do canal depois da MTV americana e a europeia. A sede da emissora fica em São Paulo, no bairro Sumaré, onde ficava anteriormente a TV Tupi, que já apresentava alguns poucos números musicais com bandas lendárias como: Secos & Molhados, Bill Haley and His Comets, Casa das Máquinas, Rita Lee & Tutti-Frutti, Novos Baianos e Celi Campello, e até os Jacksons Five. (colaboração de Luiz Domingues). O formato dos programas do canal era bem diferente do apresentado hoje, e seu conteúdo bem alternativo e inovador para a TV brasileira daquele momento. O canal era comandado por jovens antenados e supersedentos para criar um segmento que realmente representasse os jovens na virada da década de 80/90. A primeira equipe de VJs, (palavra criada especialmente para designar os apresentadores da MTV), contava até então com Astrid Fontenelle, Cuca Lazzarotto, Daniela Barbieri, Gastão

Limonada Hippie entrevista: Guto Goffi.

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Confira hoje a Entrevista exclusiva com Guto Goffi, baterista do Barão Vermelho, uma das maiores bandas do Brasil da geração 80. 1- Qual o segredo para o Barão ter sobrevivido as viradas de décadas, e as mudanças características de cada época? Não houve fórmula especifica, o que aconteceu foi a nossa vontade de ser uma banda grande e que dedicou seu tempo a estrada e a fazer discos e turnês,  após discos e turnês. 2- Apesar de o público gostar de sempre ouvir os clássicos nos shows, você não  se cansa de tocar sempre as mesmas músicas todos esses anos? Até isso começar a acontecer foram pelo menos vinte anos tocando sempre material inédito. Chegamos hoje num estágio em que o público que paga quer todos os clássicos, um atrás do outro se não volta frustado.               3-Como você que veio de uma banda dos anos 80, que abordava temas interessantes mesmo que de uma forma bem humorada, vê a juventude que está fazendo música hoje em dia? Acho que a musica se

Construindo a utopia brasileira

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Passando pelo aterro do Flamengo, no Rio de Janeiro, podemos apreciar a maravilha que pode ser feita através da arquitetura e do paisagismo. Mas passando por ali, enquanto você apreciava a linda vista, já se perguntou quem teve a idéia de tal projeto?  O idealizador do projeto do aterro do Flamengo não foi idealizado por Niemeyer nem  Burle Marx, mas foi idealizado pelo arquiteto  Reidy, muito pouco citado no nosso país.   Afonso Eduardo Reidy (1909 -1964) formou-se na Escola Nacional de Belas-Artes em 1930, e fez parte da geração de arquitetos como Lúcio Costa e Oscar Niemeyer.  Trabalhou com Alfredo Agache no Plano Urbanístico do Rio de Janeiro e posteriormente como arquiteto municipal na Prefeitura do Distrito Federal.  Participou de alguns projetos importantes:  Albergue da Boa Vontade, projeto de vanguarda de 1931, a primeira obra modernista do Rio;  Aterro do Flamengo Aterro do Flamengo, Museu de Arte Moderna Conjunto Residencial de Pedregulho, e  Participou da