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Mostrando postagens de 2012

Máquina do tempo - Sábado Som

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A nossa   Máquina do tempo volta hoje a época em que ainda existiam figuras pensantes e revolucionárias na TV brasileira; porque o comandante da nossa nave, Luiz Domingues, vai nos levar ao tempo do programa de TV Sábado Som. Deixo vocês com uma prévia do texto, uma frase inspiradora e super tropicalista: "Assim éramos nos anos setenta, sem preconceitos, sem tribos fechadas em nichos...tudo era divino e maravilhoso, sem divisões". Atenção aos detalhes, e boa viagem! ;) ... Foi num sábado de abril de 1974, que um fenômeno inimaginável ocorreu na TV brasileira, no horário das 16:00h.   Mudando a sua programação habitual, a Rede Globo colocou no ar um programa chamado "Sábado Som", produzido e apresentado pelo jornalista Nelson Motta, com o objetivo de exibir o melhor do Rock internacional, daquele momento.     De queixo caído, Rockers; Freaks e Hippies tupiniquins não acostumados à esse tipo de tratamento cultural inclusivo, comemoraram a oportunidade incr

“Fazer Rock Progressivo hoje é difícil em qualquer lugar do mundo”.

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Hoje repasso aqui uma matéria super interessante sobre o Terço e a cena de rock progressivo brasileiro, muito legal e informativa para quem curte o estilo! Boa leitura! Peace! Sérgio Hinds tem o seu nome marcado na história da música brasileira, mais precisamente no rock progressivo tupiniquim. O guitarrista é um dos fundadores da banda O Terço que  possui inúmeros hits nos anos 70 e 80, como, por exemplo, ‘Criaturas da Noite’, ‘1974’, ‘Hey Amigo’, ‘O Vôo da Fênix’, entre tantas outras. 40 anos após o lançamento do primeiro trabalho da banda, a gravadora Discobertas está relançando esta obra prima do rock com uma com uma compilação intitulada ‘Tributo ao Sorriso’, composta de faixas lançadas somente em obscuros compactos, entre 1970 e 1971. “Pra mim só é motivo de orgulho ver nosso trabalho reconhecido e colocado à disposição no mercado para os fãs e para as pessoas que procuram conhecer toda discografia do Terço”, afirma Sérgio Hinds. 1. O Terço junto com os Mutantes ainda é

Gonzaga de pai para filho

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Vendo esse filme pensei o seguinte: É muito fácil fazer um filme sobre duas pessoas que já morreram e não podem se defender. Será mesmo que se os dois, pai e filho, depois de terem se reconciliado, gostariam de ver essa história tão íntima e delicada, exposta nas telas de cinema de todo Brasil? O filme é baseado em uma conversa gravada, mais especificamente em uma entrevista de Gonzaguinha com Gonzagão, no auge da fama de Gonzaguinha e decadência financeira de Gonzagão. As partes mais lindas e emocionantes do filme são as que contam a trajetória artística de Luiz Gonzaga, o responsável por trazer a música nordestina as grandes cidades. O Gonzaguinha, no caso, só entra na história como o filho rancoroso e magoado com o pai, o que me faz questionar: Será que o Gonzaguinha tem uma importância artística digna de estrelar um filme? Certamente não na mesma proporção que o pai, cuja trajetória é revolucionária. Essa escolha me fez refletir sobre o objetivo desse filme. Não seria mais út

Apokalypsis

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(Texto de Zé Brasil): Muita gente acha que o Apocalipse de São João, na Bíblia, é uma profecia sobre o Fim do Mundo. Eu sempre achei que não era só isso e sim uma Revelação, como significa a palavra grega Apokalypsis. Hoje na Missa de Sétimo Dia da mãe de um amigo a Segunda Leitura era a "Visão do mundo novo, da nova Jerusalém" onde São João escreve: "E vi um novo céu e uma nova terra. Porque o primeiro céu e a primeira terra desapareceram e o mar já não mais existe. E eu, João, vi a cidade santa, a nova Jerusalém, que descia do céu de junto de Deus, adornada como uma esposa ataviada para o seu esposo. E ouvi uma grande voz, vinda do trono, que dizia: Eis o tabernáculo de Deus com os homens, e habitará com eles. E eles serão o seu povo, e o mesmo Deus com eles será o seu Deus; e Deus com eles enxugará todas as lágrimas dos seus olhos; e não haverá mais morte, nem luto, nem clamor, nem mais dor, porque as primeiras coisas passaram. E o que estava sentado no trono d

Onde está o opressor?

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Esses dias eu tive um sonho estranho, sonhei que fui sequestrada e fui parar em um lugar desconhecido. Nesse lugar, estavam outros jovens que também haviam sido sequestrados assim como eu, e tinha um homem que vigiava todos os nossos movimentos. Em um certo momento, eu comentava com um desses jovens sobre algo que eu estava lendo, e foi quando este homem que nos vigiava começou a questionar sobre o que se tratava a leitura. Ele folheou desconfiado, e logo percebeu que não tinha nada demais ali. Logo que acordei desse sonho, fiquei imaginando como um jovem deveria se sentir em relação a opressão da ditadura que se passou há alguns anos aqui no Brasil. Esse sonho me fez relacionar aquele tempo com o atual, e refletir sobre algumas questões. Quem é o nosso inimigo hoje? Aonde está o nosso opressor? Acho que diferentemente daquele tempo, hoje o opressor dos jovens brasileiros está dentro da nossa própria casa. Na maioria das vezes são chamados de familiares, e estão disfar

Máquina do tempo - Revista Som Três

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Hoje na nossa máquina do tempo, visitaremos a revista Som Três e conheceremos sua contribuição para a história impressa do rock n' roll nacional. Luiz Domingues, na época membro da clássica banda "A Chave do Sol", é que nos conta essa história.   ☮   Finzinho de anos setenta e o astral contracultural de outrora estava praticamente encerrado.   O discurso de revistas extintas como a "Rolling Stone" brasileira e a "Rock, a História e a Glória" eram considerados ultrapassados.   A revista "POP" estava encerrando atividades em franca decadência e a melhor alternativa no mercado era o revista "Música", como resistente num mundo em processo de mudanças radicais no campo da música, Rock em específico.   Eis que surge então uma nova revista, denominada "Som Três", editada pela editora Três, que tinha como seu carro chefe até então, a revista "Planeta", dedicada ao ocultismo, misticismo e esoterismo em geral.   Como pr

O 1o.Festival de Águas Claras Segundo Amarilis* (1975)

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                                            Hoje, trazemos um incrível relato sobre o festival que ficou apelidado como "o woodstock brasileiro": O primeiro Festival de Águas Claras . Viaje nessa história, que marcou a vida de muitos brasileiros de maneira muito positiva, e digamos, até magica...                                     O 1o.Festival de Águas Claras Segundo Amarilis* Tudo começou em meados de 1974 num papo à mesa de jantar na casa do Leivinha, ele "viajava" na idéia de fazer uma festa na fazenda de seu pai, o saudoso "seu" Toninho, conhecida na região de Iacanga como "Sta. Virgínia", em homenagem à avó do Leivinha, e de sua irmã Virgínia Márcia, minha querida amiga.  O que germinou como um encontro para os trabalhadores da fazenda e o pessoal da região, algo assim como baile com muita música pra dançar e churrasco à vontade, em poucos meses tomou dimensões woodstoquianas, e o "baile" se tornou o "

Máquina do tempo - Revista Música

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Qual músico ou aspirante  a músico nunca pegou uma revista de cifras para tentar tirar as músicas de seus ídolos, ou não teve a curiosidade de pegar uma revista do estilo Guitar Player para ver as últimas novidades em instrumentos e equipamentos musicais? Luiz Domingues nos conta neste texto abaixo sobre as revistas precursoras desse estilo que fez parte da nossa adolescência, e que até os dias de hoje são usadas em versões on line. Como aconteceu com o Luiz, também tive um professor de violão que só queria ensinar as músicas que ele gostava, as vezes difíceis de acompanhar, e que na época eu achava antiquadas, veja só, eram simplesmente músicas dos Mutantes! Talvez fosse muito nova para entender na época! hehe... Boa viagem na máquina do tempo, e fiquem com Deus! ----------------------------------------------------------------------      Uma pequena editora sediada na zona oeste da cidade de São Paulo e ligada à um conservatório musical, editava uma revista muito popular nos anos

"Sou a sede de boa palavra, tenho tudo, não tenho nada."

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Há poucos dias, descobri um tal de Xangai, músico brasileiro baiano que faz um som "abrasileiradamente" original, coisa da boa, de excelente bom gosto. Pra quem gosta de poesia vinda direto da fonte, (e quando digo fonte, estou dizendo direto do seu estado de origem), com seus dizeres e trejeitos, vai adorar ouvir esse "jeca". Mas em contra ponto, ele é mais um dos bons artistas (e autêntico) brasileiros, do qual pouquissimos conhecem sua arte; então nada mais justo, que, divulgar seu lindo trabalho, feito com vontade e criatividade, coisa tão escassa nos dias de hoje. Se você não conhece o som desse artista, clique no link abaixo e tenha uma suave prévia de seu som. Mas não pare por aí, vasculhe, "basculhe", fuce e ache, só assim conhecerás o desconhecido.  "Simbôra escuitá um Xangai". http://www.youtube.com/watch?v=0I4BfNlqh2Q

São Paulo, meu amor!

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Hoje o Limonada traz mais fotografia artística, dessa vez registrando ricos detalhes da cidade mais cosmopolita do Brasil. São Paulo, por Fetz Lee: Bixiga                                               Feira do Masp                                           Museu do Futebol

Máquina do tempo - Tropicália : Pão, Circo e Desbunde

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Não existiu um movimento onde tentou-se definir melhor o Brasil, como a Tropicália. Na minha opinião foi a tentativa artística que melhor representou o nosso país e toda sua diversidade. Nossa máquina do tempo hoje, traz um riquíssimo texto de Luiz Domingues, retratando esse movimento que é motivo de muito orgulho para todos os brasileiros. "Eu oriento o movimento, eu organizo o carnaval..."   A turbulência política que o Brasil vivia na metade dos anos sessenta, polarizou a música popular brasileira entre os estudantes universitários.   A rapazeada de esquerda, fechou com a ideia de que só tinha valor a produção musical 100 % engajada na questão ideológica e sendo assim, dá-lhe vaias em quem não compactuava com esses conceitos no auge dos festivais de MPB, principalmente os da TV Record de São Paulo.   Detestavam o que consideravam sub-arte imperialista e americanizada, Jovem Guarda, por exemplo, e também a MPB Velha Guarda, alheia aos temas políticos em sua temátic

Máquina do tempo: Façam uma visita à Memoryland com Barbieri!

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Hoje trazemos mais um episódio da nossa máquina do tempo, direto para os 70's (nosso lugar predileto afinal!), com algumas histórias de Antonio Celso Barbieri*, dessa vez, contando um pouco sobre o que acontecia nos shows das maiores bandas de rock n' roll brazuca da época!  Enjoy the trip!  ☮ 1) Local TUCA. Anos 70. Show dos Mutantes. No meio do show por de trás do palco o pessoal da produção começa atirar pratinhos de papelão na platéia que, aderem à brincadeira e começam atira-los de volta e, uns nos outros. As luzes stroboscópicas entram em ação e o efeito é fabuloso, parece uma invasão de discos voadores. Acabei roubando esta ideia e usando, anos depois, nos shows da banda Avenger, uma das primeiras bandas de Heavy Metal de São Paulo. Nesta banda fui o primeiro e único empresárioi tendo produzido muitos shows. 2) Local Teatro Aquários. Anos 70. É o aniversário da morte do Hendrix com vários artistas convidados. No palco quatro baterias montadas. Eu me lembro