Brasil, um país na contra mão!
Segundo a pesquisa, realizada junto a empresas que fazem parte do chamado mercado livre de energia – ou seja, aquelas que podem comprar energia tanto da distribuidora de sua região quanto de outro fornecedor independente –, só 43% estariam dispostas a pagar mais caro pela energia por uma questão ambiental. Para 61%, a opção por fontes de energia mais caras prejudicaria sua competitividade. Mesmo assim, 94% acreditam nos impactos das mudanças climáticas, e 77% percebem que as escolhas energéticas têm contribuições significativas nas alterações do clima.
“Os últimos leilões de energia promovidos pelo governo têm sido dominados por novas termelétricas, que queimam combustível fóssil”, aponta Ana Lúcia, ao observar que a matriz energética brasileira está ficando mais suja, apesar da predominância das hidrelétricas. De acordo com a professora, já há 643 empresas nos Estados Unidos especializadas em vender energia limpa. Na Alemanha, o próprio Greenpeace virou um dos grandes fornecedores de energia.
“Estamos na contramão da história. Estamos sujando nossa matriz energética enquanto outros países fazem de tudo para limpá-la”, diz a professora. Ana também destacou que, no Brasil, o processo de licenciamento ambiental é burocrático. “É tão demorado e exigente que as termelétricas conseguem ficar prontas mais cedo. E passam na frente na fila para os leilões”.
Fonte: Brasil 247
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