2018, uma odisseia no presente.


Hoje estava em um consultório médico, e tentando fugir do viciante celular, decidi pegar a tradicional revista que todo consultório que se preza, tem. Por ironia percebi que em pelo menos 4 matérias da revista (sendo que eu nem li a metade dela), falava sobre coisas relativas ao celular. 

Resultado de imagem para revistas na sala de espera do consultório médico ou celular?Resultado de imagem para revistas em consultório médico

Uma delas inclusive me chamou a atenção, falava sobre um aplicativo onde pacientes com câncer poderiam se comunicar e facilitar o tratamento da doença, o estranho é que pesquisas já mostram danos que o aparelho pode causar na nossa saúde, um deles é o aumento do número de pessoas que usam óculos. Aliás, esse é um problema que está sendo negligenciado, já que parece ser algo inofensivo. Basta só ir numa ótica e escolher um modelo colorido, e pronto. Não se para pra pensar o dano físico que está sendo causado na vista de quem o utiliza. Se em tão pouco tempo já estamos tendo a saúde prejudicada, imagina daqui há uns 10, 20 anos? Sabemos que tem doenças silenciosas que só se manifestam com o tempo, e ninguém ainda sabe qual danos esse aparelho pode causar. Estamos tão imersos nesse universo virtual, que assistimos vídeos de pessoas sendo mortas por causa do uso do celular, sendo porque estão usando enquanto dirigem, sendo porque estão usando enquanto atravessam a rua; e MESMO ASSIM CONTINUAMOS USANDO PRATICAMENTE O DIA TODO!!! Tem algo muito errado nisso tudo não acha?

Imagem relacionadaResultado de imagem para os males do celular

Stanley Kubrick há algumas décadas fez um filme chamado 2001, uma odisseia no espaço. Para quem não conhece, a trama se passa em sua maior parte dentro de uma nave espacial, e os tripulantes estabelecem uma relação interessante com o computador que controla a nave. A criatura que parecia estar totalmente no controle do criador, começa a manifestar domínio sobre ele. O computador passa a não mais ser controlado, não mais se submete as ordens dos comandantes da nave, e demonstra possuir independência e vontade própria, de modo a ter o poder de manipulá-los e dominá-los.

Essa cena mostra a intimidade entre o homem e o computador e o quanto a máquina está humanizada, estabelecendo uma relação praticamente de igual pra igual com o homem.
Nesse momento a relação entre computador e homem está abalada, pois os homens desconfiam que ele possa os estar prejudicando e manipulando.


Nessa cena, eles decidem desligar o computador, o que parece ser muito dificil e doloroso, já que a máquina parece ter sentimentos muito humanos. Inclusive a máquina é mais humanizada do que os homens.


Essa história da máquina que era manipulada e agora manipula o homem muito me remete a um aparelhinho muito presente em nossas vidas, lembra qual é? Da mesma forma temos uma relação de amor com esse aparelho, e apesar de ameaçar muitas vezes nossa segurança e nossa vida, deixamos que ele nos dominasse. Será que conseguiríamos desligá-lo, como os astronautas fizeram com o computador Hall?

Seria Stanley Kubrick um visionário, vidente, ou um gênio? Ou qualquer semelhança seria mera coincidência? 

A mim parece semelhante demais pra ser coincidência, e até um importante aviso para nós. Será que já estamos dominados pela máquina? Muitas pessoas estão viciadas sem saber. Será q é o seu caso?

Resultado de imagem para os males do celular
Mas ainda tem jeito pra quem deseja se libertar. Aqui estão algumas dicas de alternativas para deixar ele um pouco de lado no nosso dia a dia:

1- Fazer uma sincera autoavaliação e perguntar: Quando eu realmente preciso usar o celular?

 Resultado de imagem para uso desnecessario do celular
Só respondendo essa pergunta já dá pra avaliar o quanto o usamos desnecessariamente sem percebermos.

Resultado de imagem para vida sem celular2- Procure alternativas de outros objetos que possam ser utilizados no lugar do celular, pode não parecer mas eles ainda existem e usá-los será mais saudável para evitar agravar um possível vício no aparelho.


3- Quando estiver em salas de espera, ou locais públicos sem aparentemente fazer nada, segure aquele impulso de pegar o celular. No começo parecerá irresistível, mas se esperar um pouco mais, encontrará atividades mais prazerosas e saudáveis, como apreciar uma bela vista, fazer uma nova amizade, etc.

4- Não deixe de conversar com alguém e olhar nos olhos da pessoa por causa do celular.
 Resultado de imagem para uso desnecessario do celular
Sempre dê preferência para o contato humano. Pode parecer besteira esse tipo de detalhe, mas no final é muito mais gratificante ter escolhido uma conversa aparentemente superficial com qualquer pessoa, do que olhar um vídeo ou uma rede social. Temos subestimado o contato humano, o que tem aumentado a solidão, a depressão e o número de suicídios.

Enfim, se os tempos mudaram e os aparelhos também, ainda somos os mesmos seres humanos com as mesmas básicas necessidades de sempre: amor, atenção, carinho e a busca de tranquilidade. Então, vamos valorizá-las! ❤



Comentários

  1. Muito boa a reflexão e a citação do filme clássico do Kubrick. Isso mesmo, a perda da identidade é o que mais chama a atenção nessa escalada proposta pela tecnologia de bolso proposta pelos Smartphones e desde a popularização da inclusão digital e o advento das redes sociais na Internet, isso já mostrava-se um caminho natural. Daí a chegar aos celulares, foi só uma questão de tempo. E evidentemente que não vai parar por aí, pois os novos avanços tecnológicos vão certamente impulsionar formas ainda mais avançadas nesse setor e por conseguinte, aprisionar as pessoas nesse vício, cada vez mais. Mas deixo uma ressalva, o problema não é a tecnologia, mas a forma como a encaramos

    E permita-me um adendo : é claro que o 2001 / Uma Odisséia no Espaço, é uma obra máxima dentro dessa temática, mas cito outro, bem menos famoso, mas impressionante por sugerir o domínio da máquina sobre o homem : "Colossus, The Forbin Project", que é um filme de 1970. Tem uma resenha em meu Blog 1 :

    https://luiz-domingues.blogspot.com/2012/11/colossus-forbin-project-por-luiz.html

    Grande abraço, Fernanda !

    ResponderExcluir
  2. Obrigada pelo comentário! Sem dúvida o equilíbrio no uso é o melhor caminho para evitar o vício na tecnologia, apenas me preocupa o fato de que cada vez mais temos menos capacidade de escolher alternativas a ela, já que os serviços que antes eram feitos pessoalmente ou por telefone, estão sendo concentrados para aplicativos e sites. Esta se tornando uma prisão virtual.

    Vou dar uma lida na matéria, fiquei curiosa para assistir o filme que citou!

    Um abraço!

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

A Maldita! (A história da rádio Fluminense FM).

Conhecendo a nossa história musical: Entrevista com Rubão Sabino - Por Luiz Domingues

Máquina do tempo - Revista Som Três