Escola pra que?

"O amor ao dinheiro é a origem de todos os males". Esse pensamento de fato reflete a situação de atraso em que a educação no Brasil está estacionada. Não é de hoje que se nota que o sistema educacional está defasado e deveria sofrer uma reformulação, pois essa opinião é praticamente a de todos os brasileiros da atualidade.

Então por que estamos no século 21, e o sistema de ensino continua o mesmo?

Sabemos que o sistema público de ensino deveria ser de grande qualidade para que a sociedade como um todo pudesse ter condições igualitárias de se desenvolver e atingir uma boa qualidade de vida, mas que por questões políticas, acaba não oferecendo uma estrutura favorável para que a educação de qualidade aconteça.

Mas qual seria a desculpa das escolas particulares?

Se eles possuem os recursos mínimos para que suas escolas possuam a estrutura fundamental para que a educação ocorra de forma satisfatória e de qualidade, por que não o fazem?
O problema tem permanecido unicamente pelo fato de que o foco da maioria das escolas não é o aluno e o seu desenvolvimento integral, como grande parte dos projetos pedagógicos dizem almejar, e sim cumprir metas limitadoras e superficiais, como passar no vestibular e arrumar um "bom emprego". No caso, o foco está na realização dos pais em verem seus filhos independentes financeiramente, e não na realização e a felicidade do aluno.

Essas metas extremamente limitantes e retrógradas, mantém um sistema atrasado e ineficiente, que acorrenta o Brasil na cela da ignorância, o que faz o brasileiro patinar na lama da inabilidade para lidar com os desafios da vida.

A educação de qualidade viria sim a ser realidade, se os donos de escolas se preocupassem verdadeiramente com a felicidade do aluno enquanto estuda, e prepará-lo para que assim se sinta em toda sua vida. 

Dessa forma, modelos de escolas que oferecessem espaço para que o aluno possa expressar-se, opinar, participar e aprender a utilizar todos os conceitos aprendidos durante sua vida, um modelo que permitisse que o mesmo acessasse o autoconhecimento libertador, estariam sendo postos em prática com mais frequência, ao invés de um modelo que mede seu sucesso e qualidade pelo número de matrículas feitas e dinheiro no bolso dos donos.

O problema não é ter dinheiro, ou o dinheiro em si, mas sim, como ele é encarado e como é utilizado. Pode ser uma arma poderosa para combater as injustiças sociais, como pode também ser um objeto de adoração, que gera a ganância egoísta.

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O fato é que para atingirmos a sociedade que sonhamos: justa, pacífica, onde todos se respeitam, o foco precisa ser o ser humano, e o dinheiro uma simples ferramenta para que isso aconteça, e não o objetivo principal.

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