George Lucas e Star Wars

Certa vez fui ao cinema para ver um filme com a minha família, mais um típico passeio de fim de semana. Resultado: Pela primeira vez dormi no cinema. Sim, eu dormi na primeira vez que assisti Star Wars. Sai do cinema super entediada sem ter entendido nada, até que um dia desses um amigo me ensinou como assistir a saga Star Wars corretamente. 

Descobri que existe uma ordem correta para assistir e compreender a história mais facilmente, já que o primeiro filme não começa no início da história. Só assim eu entendi que trata-se de muito mais do que um blockbuster com cenas de guerras e explosões, e sim, de uma história que aborda os mais  profundos e importantes temas, como: ética, valores morais e espiritualidade.

Curiosa para conhecer mais sobre o criador dessa obra preciosa, resolvi comprar a biografia de George Lucas e conhecê-lo melhor, pois só poderia tratar-se de uma pessoa com uma história interessante.

Nascido na Califórnia, estudou cinema na USC apesar da desaprovação do pai, que esperava que George assumisse o negócio da família, uma papelaria. Já na faculdade, destacou-se pelo talento com o filme experimental THX 1138, recebido calorosamente pelos colegas cineastas. O filme de 1971 narra de forma profética, um mundo onde os robôs dominam as principais instituições, os seres humanos não podem amar-se, e as pessoas precisam usar drogas para controlar suas emoções.

Além de talentoso e visionário, George se incomodava extremamente com os engravatados que trabalhavam nos grandes estúdios de Hollywood. Sempre defendia suas ideias e controle artístico sobre suas obras, mesmo que seus filmes não parecessem comerciais o bastante para encher o bolso dos empresários.
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Apesar da resistência dos estúdios em relação aos seus trabalhos, Lucas não desanimou. Junto com seu amigo e parceiro Francis Ford Coppola, fundaram uma produtora independente, a Zoetrope, formiguinha ao lado dos gigantes estúdios hollywoodianos. 

Com muita coragem, George com o apoio de Coppola, não se rendeu aos caprichos dos estúdios em troca de algo precioso: a liberdade de criação e a integridade de sua obra.

Naquela época, até a rivalidade entre os colegas de profissão era positiva. Steven Spielberg, seu principal “rival” no meio, era admirador de seu trabalho desde a época da faculdade. A admiração era mútua, e por isso acabaram virando grandes amigos e parceiros na série de filmes Indiana Jones, clássico da infância da geração anos 80. Eu assistia toda vez quando passava na TV com o mesmo entusiasmo de como se estivesse assistindo pela primeira vez.

E sobre Star Wars?



Foi um longo e doloroso processo até Lucas conseguir convencer o estúdio a encontrar meios para realizá-lo, já que não havia a tecnologia necessária na época. Criou inclusive um novo sistema de som para os cinemas exibirem corretamente seus filmes através de uma empresa independente de efeitos especiais, com uma equipe de jovens cineastas. Assim não sofreria o controle dos estúdios, que pouco entediam de cinema e só visavam o lucro.

Na realização da saga Star Wars, uns dos mais bem-sucedidos da história do cinema, Lucas enfrentou duras críticas dos amigos, colegas de trabalho, críticos, dos atores do filme e até de sua própria mulher. As pessoas não entendiam o significado da história e toda sua profundidade.

Mas mesmo assim, George não desistiu de seus ideais e da sua visão particular sobre o filme. Ele diz no livro mais do que o filme, contar aquela história pra ele era uma missão. E assim George enfrentou a desconfiança de muitos e criou as ferramentas que precisava para realizá-los. Assim encontramos a receita para um homem de sucesso: persistência, coragem e dedicação.

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