O espetáculo da violência
Existe gosto pra tudo em termos de filmes. Alguns gostam de
dramas, outros de comédia, de ação ou terror. Até aí não vemos nenhuma
novidade. Desde o inicio, o cinema sempre foi muito democrático nesse sentido,
oferecendo uma extensa diversidade de gêneros para todos os gostos.
Esse cenário tem mudado no século 21, principalmente depois
da criação da queridinha Netflix, que chama a atenção pela quantidade de filmes
e séries horripilantes e violentos que possui em seu catálogo. Novamente, creio
que gosto por filmes é algo pessoal, mas o que eu questiono é que a grande
maioria do seu acervo é de produções que envolvem violência extrema e não deixa
muito espaço para aqueles que preferem filmes mais leves, como uma boa comédia.
O mesmo pode ser observado nos filmes em cartaz nos cinemas.
Há alguns anos podíamos ver uma maior quantidade de opções de gêneros
cinematográficos de ótima qualidade, como dramas e comédias, que nos faziam
refletir sobre a vida e sociedade que nos cerca, além de serem um ótimo meio de
entretenimento saudável.
Observando as últimas produções mais comentadas, como
Coringa, Jojo Rabbit, Casa de Papel, por exemplo, pode-se perceber que o que
tem predominado são filmes onde os vilões são os personagens principais, algo
muito diferente da perspectiva anterior, onde ainda se tinha a esperança de que
o bem sempre prevaleceria no final e de que o mal não compensa. Essa mudança de
perspectiva reflete uma preocupante inversão de valores, onde o mal
comportamento é posto como algo em destaque com o qual o espectador irá se
identificar.
Um bom exemplo disso é o filme Coringa. No século 20, o
Batman era o mocinho do filme, aquele que as crianças queriam ser e todos
torciam para que vencesse no final. Isso trazia uma sensação de catarse, ( sensação de alívio causada pela consciência de
sentimentos ou traumas anteriormente reprimidos), o bem vencendo no final
trazia uma sensação de justiça interna e a esperança de dias melhores. Sim, os
filmes nos influenciam mais do que podemos imaginar!
Por isso, creio que mais do que nunca estamos necessitando
de filmes que continuem questionando aquilo que não está correto e nos tragam
aquela esperança de que todos precisamos para acreditar que as coisas possam
melhorar.
O mundo não sei, mas cada um é responsável por sua vida e
seu destino. Por mais que o mal esteja se espalhando no mundo, a lei de ação e
reação é algo comprovado cientificamente. O que se planta, se colhe. Quem
escolher fazer o bem vai colher o bem, quem escolher fazer o mal, irá colher o
mal.
Imagine qual o mundo você quer deixar para o seus filhos e comece a criá-lo plantando esperança na mente e torcendo pro mocinho no final. 😏
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